Inspirada na leitura do The Breaktrough Challenge, o livro de John Elkington, autor da expressão "Triple Bottom Line" - Sofia Costa Quintas, diretora executiva da EGOR ALCHEMY destaca os três pilares: social, económico e ambiental que devem nortear a gestão empresarial e responder à necessidade de reinventar o mundo dos negócios
Segundo ela, o livro constitui, "um apelo inspirador e um guia que explora as várias componentes práticas do triple bottom line na criação de valor e da rentabilidade a longo longo-prazo dos negócios".
Ao analisar a obra, as entrevistas e exemplos práticos, a mesma comenta que a obra "destaca a necessidade urgente de repensar a forma de fazer negócios e adotar uma perspetiva holística que contemple dimensões” como:
- A criação de uma nova definição de rentabilidade.
- Exploração de novas formas de capital e de geração de valor, usado números e algoritmos que não fazem parte do léxico tradicional de analistas financeiros e CFOs. Na obsessão do lucro pelo curto-prazo, os impactos negativos que esta lógica gerou para o planeta, o meio-ambiente e o bem estar das pessoas, não têm sido incorporados nos balanços contabilísticos, o que já provou ser um erro. A contabilidade precisa de mostrar muito mais do que ganhos e perdas financeiras.
- Criação de novos incentivos ao desempenho nas organizações.
- Integração na gestão, métricas que contemplam a saúde e o bem estar dos indivíduos, comunidades e ecossistemas.
- Preparação de líderes com uma nova consciência.
- Favorecimento dos negócios que aprendem com as leis da natureza, em sintonia com os movimentos e tendências da emergente economia circular.
Para o bilionário inglês Richard Branson, empresários e executivos podem promover mais mudanças do que os políticos. Motivado por esta crença, criou o B Team, juntamente com Jochen Zeitz, ex-presidente da Puma.
Este grupo reúne líderes empresariais globais, organizações não governamentais e empreendedores. Paul Polman, CEO da Unilever, Ratan Tata do Grupo Tata, Adrianna Huffinghton, do influente website Huffington Post, Fraçois Henri Pinault, CEO da holding francesa Kering, detentora de grandes lojas e marcas de luxo; o Nobel Muhammad Yunnus, fundador do banco de micro-crédito Grameen; a ex-ministra norueguesa Gro Harlem Brundtland são juntamente com John Elkington, o autor citado, algumas das personalidades que aderiram a esta iniciativa.
O grupo tem como objetivo sensibilizar governos e multinacionais a adotar novos paradigmas e a trocar as metas de curto-prazo por estratégias que incorporem as preocupações sócio ambientais: “Não devemos responsabilizar apenas políticos e organizações sociais pelos problemas do mundo – as empresas também devem ajudar”, defende Branson. Muitas empresas tomam iniciativas importantes individualmente – mas podem ter mais força e um impacto maior se atuarem coletivamente.”.
O B Team pretende incentivar a generalidade das empresas a atuarem de forma criativa justa, honesta, positiva e a concentrarem esforços de desenvolvimento em três frentes: instituir a contabilidade dos impactos sócio ambientais (positivos e negativos) das empresas; desenvolver incentivos e subsídios para práticas sustentáveis; e discutir o perfil das lideranças globais.
A Diretora Executiva da Egor Alchemy, acredita que: "se conseguirmos fazer com que cada vez mais empresas usem a sua força para promover o bem, poderemos solucionar a maioria dos problemas do mundo. E concretizar a visão do B Team que advoga que uma sociedade saudável só pode existir com uma economia saudável".